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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mês de atividades e alegria

O projeto agora está em fase de entrevistas com antigos moradores, e os primeiros a nos atender e a serem filmados foram seu Vilemar ,morador do Benfica, e seu Claúdio Firmo antigo morador da Gentilândia, porém um grande frequentador do bairro. Eles contaram como foi nascer, crescer e viver nesses dois bairros tão poéticos. E hoje para completar nossa alegria  Cristiano Santos, morador da Gentilândia nos doou alguns livros que vão enriquecer nosso acervo, Vilemar também colaborou com alguns livros. Nosso final de ano está a mil com os nossos colaboradores.

Obrigada à todos que abraçaram essa ideia.


Sissi*

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Os bolsistas

2010.1
Multirão para organização da biblioteca comunitária

Seminário "Eu abraço essa ideia"

O projeto

BIBLIOTECA COMUNITÁRIA DO BENFICA E GENTILÂNDIA: 
“abrace essa ideia”.

O Projeto de Extensão do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Ceará visa traçar o perfil cultural dos bairros Benfica e Gentilândia, em Fortaleza, a fim de construir com a comunidade a Biblioteca Comunitária local. Esta deverá ter o sotaque, vozes e dicções de sua comunidade.
 Seu acervo possuirá: livros e revistas, álbuns de família, filmes, cartas, discos, mapas e demais suportes cinevideográficos, imagéticos e bibliográficos.
O coordenador e os bolsistas do projeto se reúnem semanalmente para discutir metodologias de como abordar os moradores, apresentando-lhes ou relembrando os objetivos do projeto. A partir de depoimentos orais, entrevistas, bate-papos, encontros etc., serão reunidos material para compor o acervo, desta maneira será efetiva a implantação da biblioteca. Portanto, ela pretende ser um espaço democrático de convivência, onde os atores da comunidade possam interagir, criar e resolver demandas, manifestar suas habilidades artísticas, reivindicar, encontrar-se, além de resolver suas demandas informacionais.
Inicialmente a Biblioteca Comunitária funcionará na Biblioteca Laboratório do Curso de Biblioteconomia, no Centro de Humanidades II, do Campus do Benfica, situado à Av. da Universidade, 2762, Bloco da Biblioteconomia e Psicologia, no segundo andar.
Durante todo o projeto haverá participação efetiva dos alunos do Curso de Biblioteconomia, com a colaboração de alunos de Publicidade, Jornalismo, Estilismo e Moda, Letras, História, Literatura, entre outros. A ideia é integrar todos os alunos nesse processo laboratorial integrados com os moradores dos bairros Benfica e Gentilândia.
No ano de 2009 o professor e coordenador do projeto Luiz Tadeu Feitosa acompanhou o bolsista Mário César Matos de Freitas em uma apresentação do PROEXT CULTURA, do Ministério da Cultura para relatar o projeto. O Encontro aconteceu na cidade de São João Del Rey, Minas Gerais. Outro momento importante foram às visitas e entrevistas e questionários feitos junto aos moradores dos dois bairro em suas residências. A iniciativa da implantação de uma biblioteca com o perfil cultural dos dois bairros foi aprovada principalmente pelos moradores mais antigos, mas também contou com a adesão inicial de instituições como a Igreja, os sindicatos, o comércio e os artistas locais.
No inicio deste ano de 2010 os bolsistas do projeto fizeram uma imersão nos bairros, observando seus cotidianos, anotando e fotografando o que viam. Dessa observação, elaboraram relatórios sobre aspectos culturais dos bairros. A pesquisa de campo, de caráter etnográfico e antropológico, deu aos alunos materiais que serão trabalhados ao longo do ano. Isso motivou os voluntários do projeto. “Na pracinha, pudemos ver várias pessoas caminhando, fazendo exercícios, sentadas em bancos conversando. O mais legal do passeio foi quando conhecemos uma senhora de 105 anos, que mora no bairro desde quando ela nasceu”, conta a aluna de Biblioteconomia Maryanne Lima, que participou de um dos passeios a pé pela Gentilandia e é voluntaria no projeto.
De posse do material colhido na pesquisa de campo, os participantes do projeto agendam nomes e telefones de moradores, artistas e intelectuais, instituições e demais interessados pelo projeto para contatos futuros. Os materiais imagéticos, cinevideográficos ou textuais se juntarão aos arquivos orais e de fotografias para a ampliação da pesquisa sobre os bairros e formação do acervo da biblioteca comunitária. 

Gentilândia por MARYANNE LIMA


Foi bem interessante andar pelas ruas do bairro, porque deu pra conhecer mais um pouco, principalmente pela ajuda dos moradores. Eu, o Vasco e a Patrícia ficamos conhecemos a rua João Gentil. As pessoas com que conversamos ficaram bastante interessadas em saber do que se tratava o projeto. Algumas já conheciam, entre elas tinha uma senhora, torcedora fiel do fortaleza, que ao falarmos do professor Tadeu, ela perguntou quando ele iria fazer uma visita à sua casa. Na pracinha podemos ver várias pessoas caminhando, fazendo exercícios, sentadas em bancos conversando, etc. O mais legal do passeio foi quando conhecemos a dna. Maria José de 105 anos, que mora no bairro desde quando ela nasceu, mas infelizmente, ela havia sofrido uma queda e não pôde conversar com a gente.Só ficamos um pouco tristes porque a confraria não existe mais. Bem, foi isso. É muito bom saber que ainda existe um bairro em Fortaleza que mesmo com o passar do tempo, ainda tenta conservar um pouco da sua identidade.

Gentilândia e Benfica por Rayanna Freitas


A rua em que estivemos foi a Waldery Uchôa e a primeira pessoa abordada por mim, Izabel e Beatriz foi um senhor chamado Rodrigo de 73 anos e mora no bairro há 5 anos. Perguntamos se ele gostava do bairro e ele nos disse que sim, porém quando fizemos outras perguntas a respeito dos acontecimentos que marcaram o bairro ele não soube responder justamente pelo pouco tempo em que mora lá. Depois desse senhor, atravessamos a rua e fomos falar com um casal de idosos que se encontravam na porta de sua casa. Eles se chamam Paulo Ribeiro Neves, 89 anos e Giselda Soares Neves, 82 anos. Seu Paulo e Dona Giselda moram na Gentilândia há 54 anos e um de seus prazeres de morar ali é o fato de ter amizade com todo mundo. Seu Paulo, com 57 anos na época, se tornou Ministro da Eucaristia, na Igreja dos Remédios e hoje é comentarista. Os dois nos receberam muito bem e ainda nos deixaram bater uma foto sua e de sua esposa e outra de sua casa. O que pudemos perceber foi que essa rua é bastante movimentada por carros e ônibus. Apesar disso, ela aparenta ser muito calma, o que de fato não é, pois Seu Paulo nos disse para termos cuidado com o celular na hora em que estávamos batendo a foto. 





Passeio pela Gentilândia por Mayara Moreira


Na sexta-feira, dia 23 de abril de 2010, saímos para conhecer a Gentilândia. A caminhada foi tranqüila, não havia muito movimento nas ruas. Talvez por ainda ser cedo pela manhã. Pelo que pude observar o bairro ainda conserva sua arquitetura original, apesar de muitos imóveis já terem sido reformados, descaracterizando sua identidade. Outro ponto que percebi é a carência de locais que sirvam como ponto de encontro para moradores, deixando-os restritos aos bares e duas praças existentes no bairro. Por sinal, a quantidade de bares é relativamente grande, o que me faz deduzir que a Gentilândia é um local boêmio. A estrutura das casas e das ruas demonstra que os habitantes possuem um razoável padrão econômico, embora seja possível ver moradores de rua nas praças.

Biblioteca Comunitária:Gentilândia e Benfica por Neli Ferreira


A biblioteca comunitária do Benfica e Gentilândia fará uma grande diferença para esses bairros, pois poderemos mostrar à comunidade a importância do nosso trabalho e a seriedade desse projeto. Com a, visita que fizemos pelas ruas do bairro foi possível percebermos que realmente teremos um grande retorno ao continuarmos inseridos nesse projeto. Acreditamos que as pessoas da comunidade irão colaborar conosco ao perceberem que temos o objetivo de registrar a historia do bairro, dos patrimônios e de pessoas que moravam ou moram aqui. A Praça da Gentilândia é um local excelente para promovermos eventos e divulgarmos o projeto. Nesses eventos devemos distribuir livros, ou seja, presentear as pessoas, a fim de incentivá-las a gostarem de ler. Durante os eventos é importante também que façamos gravações e tiremos fotos para registrarmos no acervo da biblioteca. É preciso que nós, colaboradores do projeto, venhamos a despertar um interesse nas pessoas da comunidade, pelo projeto com a finalidade de que elas saibam que não desistiremos, persistiremos até fazermos esse sonho tornar-se real.

Passeio pela Gentilândia por Izabel Lima



Pesquisando percebi mais claramente que a Gentilândia é um bairro com muita história. É interessante notar o carinho que as pessoas têm por essa parte da cidade. Hoje eu descobri alguns dos motivos que fazem tantas pessoas se encantarem por este local. Adorei a rua Nossa Senhora dos Remédios com suas árvores enormes no meio do asfalto. E as casas com seus jardins floridos e varandas lembram muito aquelas casas do interior, inclusive as fachadas. Aqui ainda dá para ver as pessoas sentadas na praça de manhã ou simplesmente caminhando com seus animais de estimação. Quando você observar de fora pensa que o bairro são apenas os prédios da UFC e do IFCE (antigo CEFET), mas basta entrar rumo às ruas para encontrar um mundo a parte, com senhores sentados na varanda de casa olhando o movimento. Pena que a chuva cortou meu passeio na metade, justo na hora que ele estava ficando bom, mas não tem problema depois eu continuo. A propósito não sabia que o estádio Presidente Vargas era da Gentilândia. É meio assustador você esta caminhando e de repente se deparar com um estádio em obras cercado por casas simpáticas.

Passeios pela Gentilândia e Benfica

BÁRBARA BEZERRA 

1º Passeio:

Não sei por conta do horário, mas o bairro me pareceu ser calmo, bucólico, ao mesmo tempo possui casas grandes, é perceptíveis a presença de arquiteturas antigas. Mesmo residencial o bairro possui uma área comercial abrangente, sem deixar de mencionar os inúmeros barzinhos. Vilas e ruas sem saídas e moradores de rua também fazem parte do bairro. Não posso deixar de destacar as belíssimas arvores que dão o toque final ao bairro.


2ºPasseio:

Eu, Patrícia Djonú e Maikon conversamos com dois casais de idosos sobre a Biblioteca Comunitária do Benfica e Gentilândia. O primeiro casal seu Jaime e dona Julieta falaram que tinham outros interesses como hidroginástica, no entanto acharam interessante para os seus netos, que moram na mesma casa, juntamente com os pais (filho do casal). Conversamos também com o casal Luís Gadelha e Liduina Maria moradores há mais de 40 anos ali, eles tem quatro filhos adultos, casados e que não moram com eles. Quando falamos do projeto, eles nos indicaram o senhor Falcão, que fazia exposições sobre o bairro. Não conseguimos localizar o mesmo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

I ENCONTRO ESTADUAL DE BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS

Dias 6 e 7 de dezembro de 2010 será realizado  I Encontro Estadual de Bibliotecas Comunitárias, no auditório Rachel de Queiroz,. Av. da Universidade, 2762 - Benfica - CEP 60020-181 - Fortaleza - CE

De acordo com os organizadores, o Seminário será uma oportunidade para fortalecer os elos construídos nos dois últimos anos entre UFC e comunidades, bem como socializar outras experiências no Ceará. O objetivo é aproximar os diferentes pensamentos sobre as práticas sociais e comunitárias de acesso à informação e à leitura.

A programação começa dia 6, às 9h, com apresentação do Grupo Convite de Contadores de Histórias (DCI/UFC). Em seguida, a Profª Regina Marteleto, da Fundação Oswaldo Cruz, profere palestra sobre “Produção compartilhada do conhecimento: Diálogos de sabedorias e informações”.

Às 10h, a Profª Lidia Cavalcante e representantes de bibliotecas apresentam as experiências comunitárias do projeto Ler para Crer, e a Profª Fátima Araripe e representantes da Biblioteca falam sobre o projeto Onda Ler.  À tarde, acontecem minicursos enfocando questões jurídicas e elaboração de projetos sociais.

No dia 7, a programação começa às 9h, com participação do Grupo de Teatro de Gererau (Itaitinga), seguida de exposição sobre bibliotecas e experiências comunitárias. A do Benfica será feita pelo Prof. Tadeu Feitosa, do Departamento de Ciências da Informação e representantes; e a do Conjunto Ceará, pela Profª Ana Maria Sá e representantes. Do encontro sairão propostas para a área de bibliotecas comunitárias. O evento termina às 17h, com encerramento festivo.


Fonte: Professores Lídia Eugenia Cavalcante, Fátima Maria Alencar Araripe, Luiz Tadeu Feitosa e Juliana Buse de Oliveira, da Comissão Organizadora - (fone: 85 3366 7706 / 3366 7697)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Visita do dia 31/07/2010 por Arusha Kelly (Letras/UFC)

Dando continuidade às atividades do Projeto Biblioteca Comunitária do Benfica e Gentilândia, visitamos a Pracinha da Gentilândia, onde se realiza todos os sábados e domingo, a tradicional feira-livre. Não foi possível fazer uma abordagem com os feirantes, bem como, os freqüentadores. Mas, realizamos registros fotográficos. A falta de contato se deu pelo horário tardio ao qual nos encontrávamos. E, devido a esse fato, já não havia um número considerado de feirantes e seus respectivos fregueses.

Deslocamos-nos para a Praça João Gentil, onde ocorria um evento cultural – a Feira Agroecológica. Nesta feira, ofertavam-se alimentos orgânicos, naturais, serviços de massoterapia e artigos exotéricos e artesanais. Um grupo circense encenou, num tom humorístico, uma mensagem sobre higiene e cuidados com a natureza. Fizeram uma interação com o público presente e cantaram músicas.

Tivemos a oportunidade de conversar e, após, entrevistar um morador do bairro, Profº Roberto Leite, que vive por lá desde a década de 60, só se ausentando por poucos anos – início dos anos de 2000. Seu relato deu-se de suas lembranças de infância e seu ponto de vista sobre o bairro. O modo de vida dos outros moradores, a influência da UFC e IFCE – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (antiga Escola Técnica do Ceará e tempo depois, o Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará, CEFET-CE) e a modernização do bairro de boêmio para corredor cultural. Também comentou sobre sua opinião sobre o projeto da biblioteca comunitária, coordenada na pessoa do Profº Tadeu Feitosa.
[sic]“... É importante que não seja apenas uma biblioteca, que seja um espaço cultural bem mais amplo e que possa registrar, na mais variadas formas, visuais e audiovisuais, as questões do bairro do Benfica. Que possa minimamente preservar a memória deste bairro que é muito rico na cidade de Fortaleza. E porque ele retrata bem o que é a cidade de Fortaleza.” (LEITE, Roberto. 2010)

 Um segundo momento de nossa incursão pelo bairro se deu a uma visita ao bar “Bar do Ventura”, onde se encontrava alguns moradores e ex-moradores em ritmo  boêmio. Tivemos a oportunidade de conversar com um ex-morador, que mantinha laços emocionais com o bairro. Durante a apresentação do projeto e uma solicitação de registro da conversa, nos foi negada, pela distinta pessoa, que alegou está saturada de tantas outras pessoas já ter-lhe procurado com promessas e argumentos vindouros de fundamentar os registros históricos sobre o bairro. O qual nunca havia se concretizado. Segundo ele, “As pessoas aparecem, falam e falam. Prometem coisas grandiosas e depois desaparecem. Pois, só vieram até aqui através de uma nota da faculdade. Nada mais temos a registrar desta conversa rápida e um tanto ríspida.
Seguindo em frente, visitamos o bar “Bem Dita Fome!”, onde tivemos o prazer de conhecer pessoas ilustres e que antes compuseram a Confraria a Gentilândia, que se tratava de um grupo de moradores e ex-moradores que possuíam um acervo fotográfico e documental do bairro. Suas reuniões, antes de seu fechamento, dava-se em um anexo a um bar naquela região.

No presente dia de nossa visita, os amigos estavam reunidos para comemoração do quinto ano do plantio da árvore, que era símbolo de suas amizades e amor ao bairro. Foi anunciado, para janeiro do próximo ano, a construção do memorial e sede da Confraria. Nosso grupo fora presenteado com o livro "Rua Carapinima: Ecos e Ícones", de Paulo Maria de Aragão, que versa sobre as ruas e moradores mais distintos do bairro a partir da década de 30.

Ao fim da manhã tivemos uma ótima refeição onde ocorria o evento supracitado. Saímos do bairro com alguns contatos para futuras entrevistas e ficamos com a sensação de alegria ao presenciar o amor, carinho e dedicação de um povo ao seu bairro. Um bairro, este, rico em história, cultura e vivências. Seja pelos seus moradores/filhos ou por aqueles que simplesmente passam por suas ruas e freqüentam seus estabelecimentos. É difícil, no que dizer impossível, não ser envolvido pela atmosfera daquele lugar.

Caminhos percorridos pela bolsista Arusha Kelly (Letras/UFC)


Ao percorrer as ruas do bairro Gentilândia faz notar-se as particularidades que compõem este distinto bairro, tornando-o especial e incentivador de estudos e pesquisas. A começar por sua origem, que salvo engano, partiu de uma fazenda pertencente à família Gentil. De ruas estreitas – pouco movimentadas, dar o ar bucólico aquela região. Daí a fama boêmia que, por anos, é sua marca (dividida com o bairro Praia de Iracema, especificamente a Rua dos Tabajaras).
A cada rua percorrida era observada a arquitetura das residências, fazendo perceber o estilo antigo que ainda mantém-se preservado por seus moradores. Sensação, esta, muito agradável, quando ao se contemplar essas residências. Ruas pavimentadas, mas tranqüilas. Foi-se percebido que, pelo início da manhã, é normal as pessoas encontrarem-se nos interiores de seus lares. Marca, esta, de um bairro de cunho residencial. Outra comprovação deste fato é de que, ao transitarmos pelas ruas, notava-se o aroma dos preparativos para o almoço.
O marco pitoresco desta região é a casa da família Gentil, que hoje abriga a Reitoria da Universidade Federal do Ceará – a UFC. Mas, consta uma dúvida: onde começa o Benfica e Gentilândia? Para muitos, a Reitoria é pertencente ao Benfica, mas trata-se da casa-sede da família Gentil, levando em conta a história, citada acima, de que aquela região era uma fazenda.
Outro marco em nossa caminhada foi o Bar do Chaguinha, que desde os anos 50, permanece fixo no mesmo local. Muito interessante a arquitetura externa deste local. Pois, faz remeter aquela época. Só foi uma lástima não poder vislumbrar o interior do recinto, mas por sua fachada, já foi satisfatório.
Ao fim do passeio, foi restaurador poder sentar na praça – onde consta o busto de João Gentil, curtir o vento, ouvir os pássaros e observar os moradores do bairro. É impressionante saber que consta uma avenida tão intensa, como é a Avenida Treze de Maio, num lugar pacato. É bairro rico. Rico em história, rico em cultura e rico em diversidade. Um lugar que, realmente, merece o seu registro, não só para o seu povo, mas para as futuras gerações e para a nossa cidade – que necessita saber de seu tesouro.

BEM-VINDOS!!!

O projeto de extensão da UFC, do Departamento de Ciências da Informação: Biblioteca Comunitária do Benfica e Gentilândia vem chamar a comunidade para unir forças na empreitada da formação de uma biblioteca comunitária local, contemplando os dois bairros e suas especifidades culturais, hsitóricas e geográficas.
Como todo projeto de extensão tem a finalidade de levar a Universidade à comunidade, a Biblioteca Comunitária será esse espaço democrático de convivência e de diálogo. Assim, seu acervo representará as duas histórias: a da UFC e a do Benfica/Gentilândia, de cujo diálogo resultarão em muitas ações culturais.

Para ter o sotaque dos bairros, a biblioteca reunirá de discos a relatos orais de moradores antigos; de álbuns de família a receitas culinárias; de gibis a cordéis. Enfim, tudo o que possa ser produzido pela comunidade ou a ela se refira. Nossos serviços vão além de empréstimos, consultas ou orientação de pesquisa. Promoveremos exposições, bate-papos, festas, almoços culturais, eventos de um modo geral.

A idéia é que a biblioteca se confunda com o imaginário cultural dos bairros. Assim, ela também se expandirá para ruas e praças, para feiras e escolas, etc. Nossa missão é destruir barreiras, expandir fronteiras e interagir com o cotidiano da comunidade local.

Sejam todos bem-vindos à essa casa, a sua casa, a nossa casa!